No dia 17 de setembro, teve fim a Greve dos Correios. A decisão acontecer depois que funcionários se reuniram em assembleias espalhadas por todo o Brasil e aceitaram o que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) propunha.
A proposta determina que o atual acordo coletivo vigente seja prorrogado até o julgamento do dissídio. Contudo, os colaboradores determinaram que ficarão até o dia 2 de outubro no chamado “estado de greve”.
O que é “estado de greve” e com isso interfere no dia a dia das entregas?
O “estado de greve” basicamente indica que os Correios ainda podem paralisar as atividades a qualquer momento. Então, por enquanto as entregas voltam a acontecer normalmente, mas, caso as negociações não avancem, os trabalhadores podem voltar a parar.
Mesmo anunciando esse estado de greve a estatal já avisou que está colocando ações em prática para normalizar todas as entregas, incluindo o fluxo postal. Entre as medidas que estão sendo tomadas está a realização de mutirões aos finais de semana, bem como o deslocamento de trabalhadores que atuam no setor administrativo para o operacional.
Segundo a empresa, a Greve dos Correios foi apenas parcial, por isso a normalização deve acontecer rapidamente. Ela afirmou, ainda, que encomendas Sedex e PAC estão sendo aceitas em todas as agências do país.
Qual o motivo da Greve dos Correios?
A Greve dos Correios ocorreu meio a várias polêmicas. Um dos pontos que estourou a ação dos trabalhadores foi o fato do Governo Bolsonaro ter incluído a estatal no programa de privatizações.
Além disso, vários pontos têm sido reivindicados pelos funcionários da empresa. Entre eles está o reajuste salarial.
A categoria propõe uma porcentagem de 3,1%, no entanto a proposta prevê apenas 0,8%.
Outro ponto importante é em relação aos planos de saúde. Além do valor ter aumentado drasticamente, os colaboradores estão descordando do fato de pais e mães não poderem mais ser incluídos como dependentes.
Sindicatos usam lucros para defender a não privatização
A Greve dos Correios trouxe um foco maior para o debate da privatização do órgão. Gigantes como a Amazon já demonstraram interesse nessa medida.
Contudo, os sindicatos se mostram contra a medida. Inclusive, eles utilizam os lucros da empresa para defender que a estatal se mantém lucrativa par ao Governo.
Apesar dela ter fechado com saldo negativo em 2015 e 2015, em 2017 e 2018 a empresa voltou a registrar lucro.
Teve prejuízo com a Greve dos Correios? Saiba seus direitos!
Se você foi prejudicado pela Greve dos Correios saiba que é possível cobrar seus direitos. Se você contratou algum serviço da estatal e foi prejudicado por conta do atraso da mercadoria, é possível solicitar a compensasão.
No caso de quem comprou de empresa que envia via Correios, cabe ao empreendimento enviar por outra alternativa de transporte, de modo que chegue a tempo. E no caso de contas que atrasaram porque a empresa não forneceu o boleto por outro meio, não se pode cobrar multa e juros.
Qual sua opinião sobre a Greve dos Correios? Deixe ela nos comentários.